sexta-feira, 27 de abril de 2012

Centro de Estudos 25/04


Entendendo  que o PPP de uma escola deve ser uma construção coletiva e bem fundamentada, participaremos de momentos de estudo e reflexão ao longo do semestre, visando o sucesso de nossas ações. 

I- Elaborando o Projeto Pedagógico

Passos para a Construção do Projeto Pedagógico
Para construir o Projeto Pedagógico é preciso que direção, professores, funcionários, alunos e pais saibam o que ele significa.

1 -O Projeto Pedagógico é a intenção de a escola e seus profissionais realizarem um trabalho de qualidade. Ele será o resultado de reflexões e questionamentos de seus profissionais sobre o que é a escola hoje e o que poderá a vir a ser. Visa, pois, a inovar a prática pedagógica da escola e elevar a qualidade do ensino.

2-  O Projeto Pedagógico não começa de uma só vez, e não nasce pronto. Não é obra exclusiva do diretor, ou do professor coordenador, mas sim de um grupo que engloba, no início, coordenação, direção e corpo docente. Com o tempo, incluirá todo o coletivo escolar.

3 - Durante a construção do Projeto Pedagógico, os educadores explicitam seus propósitos, apontam metas e objetivos comuns, vislumbrando caminhos para melhorar a atuação da escola. O Projeto Pedagógico confere identidade à escola como uma instituição que tem personalidade própria, por refletir o pensamento do seu coletivo.

4 - Na construção do Projeto Pedagógico, a escola deve levar em consideração as práticas e necessidades da comunidade escolar, as diretrizes nacionais, e as normas, regulamentos e orientações curriculares e metodológicas do seu sistema.
5 - O Projeto Pedagógico é um dever e um direito da escola. Deve ser um instrumento democrático, abrangente e duradouro.
6 - Os princípios, nos quais se baseia o Projeto Pedagógico são: garantia de acesso ao aluno e permanência, com sucesso ; gestão democrática; valorização dos profissionais da educação; qualidade do ensino;organização e integração curricular; integração escola/família/comunidade; autonomia.
-Esses são princípios interligados: alunos de escolas que contam com a participação dos pais apresentam melhor rendimento e menor taxa de evasão.
- Escolas que se articulam com a comunidade geralmente oferecem uma educação de melhor qualidade aos seus alunos, decorrência de uma gestão democrática.
- Incentivo proporcionado pela direção para a participação dos vários segmentos da comunidade na vida escolar.
- Uma escola que se democratiza, coloca em discussão com a sua comunidade o que vem realizando, não implicando nisso um convite para intervenções e desrespeito aos limites.
 - Possibilita certa autonomia, principalmente para as ações pedagógicas. Todavia, autonomia não é sinônimo de soberania, uma vez que a unidade escolar pertence, e se vincula, a um determinado sistema.
7 - Há três fases bem definidas na construção do Projeto Pedagógico:
                                                   1ª fase - Diagnóstico:

Como é a nossa escola?
- Levantar informações sobre o trabalho que a escola vem realizando.
- A comunidade escolar vai analisar e debater esses dados, sugerindo medidas para as eventuais alterações.
O que fazer?
a) Coletar dados sobre sua realidade, e analisá-los, do ponto de vista qualitativo e quantitativo: tanto os que significam dificuldades, quanto os que representam sucesso.
Questionamentos pertinentes:
- Como é o contexto sócio-político-econômico da escola?
- Qual tem sido a função da nossa escola?
- Como tem sido a participação dos pais na vida da escola?
- Que resultados a nossa escola está apresentando para a sociedade?
- Como nossa escola tem considerado os alunos, na relação ensino-aprendizagem?

b) Identificará os recursos humanos e financeiros disponíveis. É preciso saber como a escola funciona, como o processo pedagógico é acompanhado e avaliado. Muitas vezes, a escola está fragilizada por culpa de uma gestão inadequada; outras vezes, por falta de recursos; outras, ainda, por falta ou despreparo de seus profissionais. Na medida em que vamos coletando informações, para conhecermos nossos problemas, vamos também encontrando soluções para eles.
Ao se conhecer as pessoas e o funcionamento da escola, começa-se a observar que há em cada segmento da comunidade escolar (professores, funcionários, alunos, pais) o desejo de mudar alguma coisa, visando melhorar o desempenho da escola. Como todos desejam alguma coisa, falta apenas articular esses desejos, com o fim de construir-se uma proposta capaz de mudar os rumos da escola.

c) O diagnóstico da escola será feito, considerando-se os seus aspectos pedagógicos, administrativos, financeiros e jurídicos.


No aspecto pedagógico, deverão ser analisados: proposta pedagógica (objetivos e conteúdos, metodologias de ensino e processos de avaliação); faixas etárias, posição social, necessidades e valores dos alunos; estratégias de recuperação paralela; valorização dos profissionais da educação.

No aspecto administrativo, recursos materiais e humanos; composição das equipes; nível de organização da escola; qualificação e atualização dos professores.


No aspecto financeiro, recursos disponíveis; necessidades e carências; formas de aplicação das verbas, tendo-se como prioridade o processo ensino-aprendizagem.


No aspecto jurídico, a relação que a escola mantém com a sociedade e com as várias instâncias do seu sistema de ensino; a sua autonomia, dentro dos princípios da legalidade, e com responsabilidade.

                                 2ª Fase - Que identidade a escola quer construir ?

Após avaliar-se, é  preciso buscar uma fundamentação que oriente a ação conjunta dos seus segmentos. A prática precisa estar sustentada em uma teoria.

O que fazer?
-Levantar as concepções que cada segmento tem do trabalho pedagógico e propor inovações no cotidiano escolar, a fim de estabelecer uma linha de ação que o coletivo considere prioritária para o trabalho escolar.

Como fazer?
Através do questionamento de todos a respeito de suas concepções: Que tipo de sociedade e cidadão desejamos formar? O que entendemos por educação? Que escola pretendemos construir? Qual é a nossa compreensão de currículo? Qual é nossa visão sobre avaliação? Como nossa escola encara a questão metodológica? Que tipo de relação nossa escola quer manter com a comunidade local? Que tipo de profissional temos e qual queremos? De que profissionais precisamos?
Isso resultará num perfil político- pedagógico, o que levará a uma definição das concepções e ações a serem compartilhadas pelos seus autores. Portanto, a identidade, a "cara" da escola, resultará dessas concepções, o que, de alguma forma, unificará o trabalho do coletivo.
                             3ª fase- Como executar as ações definidas pelo coletivo?

Uma vez estabelecidas as concepções do coletivo, é preciso definir:
- as prioridades da escola;
- as ações que a escola irá desenvolver;
- as pessoas que irão realizá-las.

É nessa fase que a escola irá definir a maneira pela qual superará os desafios do seu cotidiano, discutindo e aproveitando as propostas apresentadas pelos participantes. É necessário identificar os segmentos que vão realizar as ações que representam o desejo do coletivo.
Muitas dessas ações, de cunho pedagógico, serão realizadas, evidentemente, pela direção, coordenação e corpo docente.

Outra questão importante nesta fase é saber se as soluções apontadas são criativas, realistas, e se serão capazes de superar as dificuldades identificadas pelo coletivo.


A necessidade de avaliação permanente

a) A  avaliação que vai identificar os rumos que a escola vem tomando. Considere: em que medida os desafios foram atendidos, no Projeto Pedagógico? Quais os novos desafios que estão surgindo no percurso? As ações propostas foram desenvolvidas? Quais são os seus efeitos?

b) Definir formas claras de acompanhamento e avaliação das ações, assim como os segmentos que ficarão responsáveis por elas.

Lembre-se: Como é a nossa escola? Que identidade nossa escola quer construir? Como executar as ações definidas pelo coletivo? - são orientadoras do Projeto Pedagógico e devem ser objeto do processo de avaliação.

8 - Articulação do Projeto com a prática pedagógica.
Os questionamentos anteriores  servirão de base para a organização pedagógica da escola,
criando condições para que ela possa alcançar sua finalidade, concretizando sua função social: promoção da cidadania, o desenvolvimento pleno e o sucesso dos alunos.

9 - Revendo o cotidiano escolar

Ao tempo em que não se falava da construção do Projeto Pedagógico, o Planejamento caracterizava-se por uma atividade quase burocrática: a elaboração dos programas que cada professor iria desenvolver ao longo do ano.

A partir do momento em que as escolas voltaram-se para a construção do Projeto Pedagógico, o Planejamento passou a incluir uma profunda reflexão na montagem dos conteúdos programáticos.
A relação ideal  entre o Projeto Pedagógico e o Planejamento é bem próxima, embora tenham eles significados distintos:

- O Projeto Pedagógico busca a construção da identidade da escola; estabelece seu direcionamento; almeja o comprometimento da comunidade escolar com uma visão comum e compartilhada de educação. É, portanto, o norteador de todas as práticas da escola;
- O Planejamento é o processo de uma ação organizada que pretende transformar a escola. Ele tem diferentes abordagens em diferentes partes do país. No sistema escolar público do Estado de São Paulo, recebe a denominação de Plano de Gestão.
10- A função social da escola pública

Para que a gestão do trabalho na escola pública ocorra de forma organizada, é necessário ter-se clareza da sua função social, da sua missão, dos objetivos estratégicos que precisam ser desenvolvidos a fim de que os planos de ação assegurem o sucesso da escola. Algumas definições:

Missão
Define o que a escola é hoje, seu propósito, e como se pretende atuar no seu dia-a-dia. Sintetiza a identidade da escola, sua função social orientando a tomada de decisões e garantindo a unidade e o comprometimento de todos na ação pedagógica. Assim, nossa escola tem por MISSÃO: um ensino de qualidade, garantindo o acesso e permanência dos alunos, formando cidadãos críticos e participantes, capazes de agir para transformar a sociedade.

Objetivos Estratégicos
São situações que a escola pretende atingir num certo prazo. Indicam áreas nas quais a escola concentrará suas preocupações. Refletem as suas prioridades. Representam a escola que temos e definem a escola que queremos construir: melhorando e fortalecendo o relacionamento escola/comunidade; diminuindo o índice geral de reprovação e evasão; promovendo a qualificação dos professores e funcionários; incentivando a convivência democrática na escola.
A partir da MISSÃO e dos OBJETIVOS ESTRATÉGICOS, definidos pela comunidade escolar, é preciso elaborar o Plano de Ação.

Plano de Ação
PLANO DE AÇÃO é o documento que apresenta a forma de operacionalização e de implementação de todas as ações planejadas. Deve conter as METAS OU OBJETIVOS ESPECÍFICOS, a justificativa, as ações ou estratégias de ações, os responsáveis pela implementação das ações, o período em que elas vão acontecer e os recursos materiais e humanos necessários para a execução dessas ações ou estratégias.

O que fazer?
Por que fazer?
Como fazer?
Quem vai fazer?
Quando?
Com que fazer?

METAS explicitam os resultados que a escola espera obter após a implementação das AÇÕES. Podem ser mensuradas; podem ser vinculadas a um determinado período de tempo. Por exemplo, aumentar em 20%, até o fim do ano, o índice de aprovação dos alunos da 5ª série.
Pode haver mais de uma META para alcançar um OBJETIVO ESTRATÉGICO.
Exemplo: OBJETIVO ESTRATÉGICO= fortalecer a participação dos pais na escola. META 1 - promover pelo menos duas atividades esportivas com os pais das oitavas séries; META 2- desenvolver pelo menos uma ação pedagógica com pais das primeiras séries do ensino fundamental.

11 - Características organizacionais que favorecem o sucesso da escola
12- Relação do Projeto Pedagógico com o Regimento Escolar. . O Regimento Escolar é o instrumento que permite à equipe gestora tomar essas decisões, com base nos princípios e normas estabelecidas pelo grupo. Para que o Regimento favoreça essas ações, é necessário que, na elaboração do PP, os problemas do cotidiano sejam abordados.

13- Relação do Projeto com a prática pedagógica

A prática pedagógica remete-nos à elaboração do currículo, ao conhecimento selecionado e organizado socialmente, peças fundamentais no processo de aprendizagem. .Por isso, é preciso responder às seguintes perguntas:
- Para quem são selecionados os conteúdos ?
- A quem interessam os conteúdos selecionados?
- Por que alguns conteúdos são selecionados, e outros, não?
- Quem seleciona esses conteúdos?

 Concluindo

A construção do Projeto Pedagógico é um processo que compreende três momentos distintos e interligados:

- Diagnóstico da realidade da escola;
- Identidade da escola, decorrente do levantamento das concepções do coletivo;
- Programação das ações a serem desenvolvidas pelo coletivo.
Todos esses momentos passam por um processo de avaliação, o que permite ao grupo caminhar do real para o ideal, desenvolvendo as ações possíveis e pertinentes.
Projeto Político pedagógico

terça-feira, 24 de abril de 2012

Circuito Indígena 2012

Várias atividades preencheram nossa semana com momentos preciosos: contos indígenas, vivências, oficinas, lanche temático, apresentação de murais...
Conhecendo e aprendendo, assim vou crescendo!
Professora Telma
Professoras Telma e Angélica: artesanato

 Oficinas de produção. Cenografia para nosso Circuito Indígena, colaborando com a decoração da escola.
Elaboração de cartazes para o mural
Música e dança de roda

trabalhos CE2, profª Monique
Mural da Alimentação










Expressão corporal,música e dança mobilizando todos elementos de nossa comunidade escolar.
Cultura e diversidade contemplando o eixo temático, valorizando a diversidade cultural: alimentação, artesanato e  costumes vivenciados em vários ambientes e atividades.
Comidas típicas

Oficina de música

"Tia, onde é que o índio dorme?
Oca :casa de índio é diferente.
Nossa escola, nosso espaço!

 Alimentação saudável, oficinas de instrumentos, colares, colagem, mural coletivo e lanche temático preparado pelas mamães, com comidas típicas da culinária indígena.
Tudo para oferecer vivências alegres e efetivas aos alunos,  e propiciar às famílias participação ativa neste momento.